Famílias no Cuito fazem de escombros seu lar

Mais de 20 famílias vulneráveis no município do Cuito que se encontram a residir nos escombros do prédio Tchicombão há 10 anos, pedem a intervenção do governo. Segundo estas famílias, constituídas maioritariamente por viúvas, órfãos e deficientes físicos de guerra, os seus dias não têm sido fáceis porque o prédio não oferece condições mínimas de habitabilidade e serve como espaço de depósito de lixo dos residentes próximos àquela localidade. Na época chuvosa as dificuldades agravam-se.

Delfino António, por sinal o mais velho entre os moradores, é portador de deficiência física e pai de 10 filhos. Em língua nacional umbumdo, disse que em nome de todos que vivem naquelas condições, várias vezes tentou procurar ajuda e infelizmente nunca foi ouvido. Afirmou também que em diversas ocasiões foram visitados por entidades governamentais garantindo-lhes que teriam um novo espaço para viver, mas as promessas até ao momento não foram cumpridas.

O prédio Tchicombão encontra-se localizado na rua Raimundo Serrão, fazendo fronteira com os bairros Piloto e Castanheiras. É um prédio destruído pela guerra civil que o município do Cuito enfrentou nos anos 90.

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