UNITA exige calendarização das autarquias e diz que MPLA tem medo do cidadão angolano e da governação participativa.
A UNITA exigiu do governo angolano, nessa segunda-feira, 14 um calendário de compromisso para a realização das eleições autárquicas e diz que o MPLA tem medo do cidadão angolano e da governação participativa.
O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior que falava em entrevista à rádio MFM, na capital do país, frisou que tal como em 2015, hoje o MPLA não aceitou ter uma data sobre a realização das eleições autárquicas.
” O MPLA mais uma vez não aceitou de forma nenhuma ter uma data de compromisso para as autarquias, estou a falar de 2015, e hoje continua com a mesma posição, o Conselho da República realizou-se e não há nenhuma data de referência, andamos a ser levados no escuro sobre o nosso próprio futuro”.
O político declarou ainda que ficou surpreso quando o Ministro angolano da Administração do Território e Reforma do Estado veio a público tentar justificar o atraso das autarquias por conveniência política, e questiona ” não fizeram as suas responsabilidades em cinco anos por quê…. porquê que aprovaram em Maio de 2015 um conjunto de desafios e esperaram Setembro de 2020 para dizer nós não fizemos nada? Não estamos a exigir no interesse do cidadão autarquias em 2021, estamos a exigir um calendário de compromisso”, rematou.
Adalberto Costa Junior entende que são os interesses partidários sobrepostos aos do país e reafirmou que o MPLA não realiza as autarquias porque tem medo do cidadão angolano e tem medo da governação participativa.
” Pedimos à Assembleia que faça o agendamento daquilo que já está aprovado, não aceitaram, continuam a não aceitar, são interesses partidários sobrepostos aos interesses do país… Estão a enganar o angolano, estão a atrasar o país voluntariamente, têm medo da governação do cidadão, da governação participativa, é disto que o MPLA tem medo, o MPLA não tem medo só dos partidos políticos, tem medo dos angolanos…”, disse o líder do maior partido na oposição.
De recordar que os membros do Conselho da República pronunciaram-se no dia 8 de setembro, maioritariamente, não haver de modo objectivo possibilidade de autarquias em 2020, devido aos poucos meses que faltam para o ano finalizar. Segundo o comunicado final do órgão consultivo, deve-se continuar a trabalhar no processo de preparação e organização das autarquias, que serão realizadas no momento em que as condições para o efeito o permitirem.