ACTIVISTAS de direitos humanos defendem privatização do Grupo Mídea Nova
Através de um comunicado, o órgão judicial adiantou a entrega das empresas da Media Nova (que inclui o jornal O País, a Rádio Mais e a TV Zimbo) através do Serviço Nacional de Recuperação de Ativos, “em virtude de terem sido constituídas com o apoio e reforço institucional do Estado”.
Os activistas de direitos humanos ouvidos pela Rádio da cidadania defenderam em entrevista a privatização imediata do grupo media nova para não dar a entender que o estado deseja manter o monopólio da comunicação em Angola.
Na visão de António Muhongo, pertencente a Associação Construir o Saber Ligado ao Projecto Cidadania a reprivatização do maior grupo de comunicação privado de Angola torna-se urgente para que haja melhor gestão visto que o estado não pode continuar a ser detentora destas empresas de comunicação.
Por sua vez o Activista e docente Universitário Cruz de Deus preferiu olhar na gestão dos órgãos de comunicação socias públicos (a TPA e RNA), para justificar a privatização do grupo Midea Nova. Cruz de Deus disse que a Televisão Pública de Angola e a Rádio Nacional de Angola apesar de serem órgãos oficiais do estado observam problemas sérios na expansão do seu sinal ou seja não chegam em todo o território nacional. O privado gere melhor que se comparada a gestão do estado defende o líder associativo.
No entanto, os dois interlocutores defenderam que a estatização do maior grupo de informação privado de Angola é bem-vinda, mas os de antigos proprietários deveriam ser responsabilizados
criminalmente por defraudarem o estado angolano. Bem como os postos de trabalho dos jornalistas dos diversos órgãos devem ser protegidos.
Em maio, o Grupo Média Nova decidiu suspender o vínculo laboral de alguns profissionais, devido, alegadamente ao Estado de Emergência que o país vivia, por conta da pandemia do novo coronavírus.
Na altura, citado pela Angop, o secretário-geral do sindicato, Teixeira Cândido, considerou “precipitada” a posição do Conselho de Administração do grupo empresarial, sublinhando que “violava” os pressupostos do regime de excepção, em vigor no país desde 27 de Março último. Conforme o sindicalista, vários profissionais ligados à Media Nova contactaram o órgão sindical, denunciando que foram convidados a suspender o vínculo laboral, por razões financeiras.